Lançamento - Madrugada e Galpão - André Teixeira
Rogério Villagran/André Teixeira)
Por Tio Prenda
Publicado em 15/05/2025 08:09 • Atualizado 15/05/2025 08:12
Lançamentos 2025

André Teixeira reúne oito composições em “Madrugada e Galpão”, álbum de repertório autoral e inédito

 

“Um rádio fugindo a onda toca um tango do Gardel, enquanto rompe em tropel o semaneiro da ronda. Picos do canto dum galo e gritos de êra cavalo se requintam com o estalo da soiteira marimbonda!”. É assim, com este cenário campeiro descrito por Rogério Villagran em Madrugada e Galpão, que André Teixeira começa a apresentar o trabalho que marca os seus vinte e cinco anos de carreira. Os seus vinte e cinco anos de dedicação ao canto crioulo.

Afinal, cenários como este são recorrentes nas composições do artista gabrielense, que com sua versatilidade e originalidade como melodista e arranjador tornou-se interprete dos versos de vários poetas com quem firmou parceria ao longo do tempo. Assim, seja com Rogério Villagran ou com os demais poetas que figuram no repertório do presente trabalho, todas as composições tem a marca, a identidade de André Teixeira, que condensa em guitarra e canto as diversas peculiaridades de cada letrista.

Desta forma, é fundamental notar o quanto é relevante que este álbum comemorativo seja formado por oito faixas compostas com oito parceiros de composição diferentes, sem que em nenhum momento alguma destas músicas fuja das características assinaladas em mais de duas décadas.

Por outro lado, neste marco tão importante de sua trajetória, André Teixeira não olha para trás para apontar o tanto que já construiu no cenário nativista até hoje, mas, sim, olha para diante e apresenta somente canções inéditas, o que, aliás, já aconteceu quando lançou o álbum intitulado Patrimônio, todo ele formado por músicas até então inéditas. Assim, indica que está dando o primeiro passo rumo à continuidade de sua exitosa jornada.

São os primeiros vinte e cinco anos de dedicação ao canto crioulo que o consolidam como interprete da poesia fiel ao gaúcho, que o colocam como artista digno de ecoar em madrugada e galpão nalgum rádio de estância que, às vezes, “fugindo a onda, toca um tango do Gardel”… ou uma milonga de André Teixeira.

Texto: Francisco Brasil

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