Com letra de João Luis de Almeida, melodia, voz e arranjos de Rui Carlos Ávila, a música “Pulperia”
Pulperia um estabelecimento comercial típico das diferentes regiões da América Latina, da América Central ao Cone Sul, que atendia as necessidades da localidade rural, produtos indispensáveis do dia-a-dia. Alimentos, bebidas, remédios, tecidos... Local onde se faziam negócios, e os habitantes se reuniam para uma boa prosa, beber um trago, um carteado, ver brigas de galos, saber das novidades do povoado e em geral; um verdadeiro ponto de encontro. Um mero resgate em versos e melodia da simplicidade da vida no campo e sua importância no passado, presente e futuro.
O lançamento marca o terceiro trabalho dos músicos, em parceria, para o público. A arte da obra é assinada por Darcy Vieira.
A obra está disponível em todas as plataformas digitais!
Pulperia
Milonga
Casa modesta e das antiga
Cor encardida esbranquiçada
Judiada pelo cruzar dos anos
A “Pulperia” na encruzilhada
Nas prateleiras os sortimentos
O necessário pras “precisão”
“No más” a água de cheiro
O fumo, a palha e o gajetão
O “pulpero” atrás das grades
Chuleia paciente a peonada
Reunida contando causos
Da lida debaixo da ramada
Cenário crioulo pampeano
Um guitarreiro bem abancado
Larga seu canto nostálgico
Soando mágico dedilhado
Atrás do poço no potreiro
Os bois da carreta pastam
Nutrindo o verde destino
Que pelos dias se arrastam
Os pingos e cuscos na espera
De um tempo tão precioso
Que ao “tranquito” fica pra trás
“Recuerdo” de um sonho zeloso
A “pulperia” palco e refúgio
Onde se apeiam os campeiros
Pra afogar alguma mágoa
Em cada pôr de sol fronteiro
João Luis de Almeida